sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu fui e aproveitei muito

Conforme havia sido avisado aqui no blog, a Esma organiza um projeto denominado Quintas Legais, onde são colocados em pauta temas que merecem reflexão especial dos agentes do Direito, sempre ministrados por profissionais gabaritados para conduzir o processo com plena autoridade, possibilitando assim ganhos para todos os participantes. 

 Informei no começo dessa semana o tema da pauta mais nova era deveras interessante, vez que abrange uma novidade nos procedimentos judiciais que ainda buscam a verdade real (ou como aprendi ontem: possível), mas que um assunto que mexe com minha curiosidade por demais: a interdisciplinariedade, entendida como cooperação entre as ciências, no caso, Direito e Psicologia. 

A palestra foi ministrada por uma profissional psicológa, altamente gabaritada, com vários estudos na área (tanto que após a palestra Dra. Wania Cláudia foi literalmente cercada pelos juízes, todos sedentos por mais informações sobre o depoimento sem dano) e foi marcada pela clareza, riqueza de informações, polêmicas e espaco para reflexões.

Valeu a pena, sem dúvida. Continuarei a divulgar nesse espaço as pautas das Quintas Legais, que também podem ser conferidas no site do TJPB - www.tjpb.jus.br.

E aos estudantes em especial ainda tem mais um incentivo: são eventos gratuitos.

Eis um extrato do evento, retirado do site do TJPB:

"Aula sobre Depoimento sem Dano registra um dos maiores públicos do Quintas Legais da Esma

Coordenadoria de Comunicação Social
O retorno do Projeto Quintas Legais da Escola Superior da Magistratura (Esma) registrou um dos maiores públicos deste ano. Alunos, servidores do Poder Judiciário do Estado, juízes e operadores do Direito lotaram o auditório da Escola na noite dessa quinta-feira (19), para a aula da mestre em Desenvolvimento Humano pela UFPB, Wânia Cláudia Gomes Di Lorenzo Lima. Ela falou sobre “Depoimento sem Dano - a importância da interdisciplinariedade na concretização da Justiça”
Para o coordenador do Quintas Legais, desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, “o projeto está cumprindo um papel muito importante na formação acadêmica dos alunos da Escola e de outras instituições, quando se preocupa em trazer temas de grande relevância no campo do Direito. As portas do nosso auditório ficam abertas para toda a comunidade”, comentou o magistrado.
Cursando o segundo período do Curso de Preparação à Magistratura (CPM), a advogada Soraia Chaves, sempre assiste as palestras do Quintas Legais. Ela destacou a sintonia das aulas com a atualidade. “A Coordenadoria Acadêmica da Esma tem disponibilizado o acesso gratuito a palestras  atuais e com um forte conteúdo. Isso eu considero crucial, já que o Direito, em suas várias frentes, tem demonstrado velocidade em suas modificações e é preciso acompanhar essas mudanças”, disse.
Responsável por fazer a apresentação da professora Wânia Di Lorenzo, o coordenador dos Curso de Pós-graduação da Esma, juiz Gustavo Procópio Bandeira de Melo, destacou que “a Justiça precisa de técnicos de outras áreas com uma grande competência, como é o caso da palestrante desta noite. O Quintas Legais vai continuar com a proposta de melhor formar nossos futuros juízes e outros profissionais do Direito”.
Além de mestre, Wânia Di Lorenzo é professora de Psicologia Jurídica do Departamento de Direito do Unipê e autora de capítulo no livro “Psicologia na Prática Jurídica: A criança em Foco”, Editora Impetus. Wânia Di Lorenzo escreveu vários artigos científicos na área de Psicologia e Direito.
O tema - Durante sua aula, ela disse que o Poder Judiciário estadual inovou por realizar sua primeira audiência utilizando os procedimentos do depoimento sem dano, em uma das varas da Infância e Juventude da Capital. “Considero um olhar aprofundado do Direito, com foco na interdisciplinariedade. É importante ressaltar que, dentro desse processo, é se suma importância a preocupação com o indivíduo, ou seja, com a criança que está envolvida. É fundamental que o Judiciário cuide dessa criança.”.
Sobre o depoimento sem dano,  a professora Wânia Di Lorenzo disse que a inovação é uma forma especial de instrumentalização, quando se faz necessária a escuta de crianças e adolescentes para produção de provas em processos judiciais. “Trata-se de retirar as crianças do ambiente formal da sala de audiência e transferi-las para uma especialmente projeta para tal fim. A proposta consiste em colocar a criança em um ambiente acolhedor e devidamente ligado, por áudio e vídeo, ao local onde se encontram o magistrado, promotor, advogado, réu e servidores da Justiça”, explicou.
Por Fernando Patriota"

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