sábado, 2 de junho de 2012

DIRETO DA FACET: A colaboradora Alice Araújo retorna ao blog

Tornando-se seres pensantes ou perdendo a identidade para um mundo
sistematizado?


O ser humano, através de uma determinada cultura, desenvolve vários meios de vivência. No entanto ele se adapta ao meio que lhe foi imposto, aderindo aos costumes e respeitando certos princípios como um conjunto de normas a seguir, ou ao desenrolar de seu conhecimento e aprendizado com outras culturas e civilizações, passa a ter uma nova acepção do mundo.

É primordial compreender que, cultura não pode ser confundida com civilização, pois esta última está ligada ao que a sociedade adquire como uma forma de subsistência. Como a materialidade, ou seja, um subsistema que engloba a norma concretizada, trabalho material e tecnológico, necessidades, entre outras características. Enquanto cultura é tudo aquilo que adquirimos desde nosso nascimento, pois nos é imposto um local para vir ao mundo, inerente a nossa vontade, adquirimos princípios que passam de pai para filho, uma linguagem típica da região, tudo isso nos identifica e confirma qual tipo de cultura pertencemos.

Ao caminhar com passos céleres pela civilização, nota-se que a humanidade vive em busca do novo, mas ao mesmo tempo, tornando-se sistematizado a viver um modelo de vida onde o ter e viver à margem da moda e do consumismo, é se torna “popular e moderno”.

Se pararmos para refletir sobre tais questões, podemos concluir na verdade que, somos escravos de um sistema, onde o poder dominante do consumismo, dirá quem somos passando a rotular a identidade de quem se submete a estas condições. No entanto nos resta ter a capacidade de saber reagir a esse mundo e passar a lutar por mais espaço, utilizando o que há de mais belo no saber, tentando alcançar a dignidade de pessoas pensantes que vive fora da “caverna”, mas com a sabedoria de saber discernir quando ou não utilizar o “garfo”, expressão utilizada na palestra com o Promotor Marinho. Entendo que não devemos ser hipócritas de se afastar totalmente do que a modernidade nos oferece, mas com sensatez saber utilizá-la de modo prático não se alienando e nem fazendo parte de uma sociedade sem conteúdo e que não preenche a alma.

A dignidade acima de tudo esta dentro de nós, no nosso pensar e no nosso agir. Duas grandes atitudes que devem ser tomada, partindo de uma base pautada e voltada para o bem comum, adequando cultura e civilização em uma harmonia plena. Onde sua identidade jamais se perderá, mas se configurará no que é real com sabedoria.

Alice Araújo.
20 de maio de 2012

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