quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nossa colunista voltou....Ser ou Ter? por Ana Alice Araújo



A blogueira Katia  e Ana Alice, autora do texto e aluna do 4o período de Direito da Facet

SER OU TER?




Viver à luz da sabedoria é o que todo ser humano deveria buscar, pois ela reúne todas as qualidades e conhecimento sobre a filosofia da vida.

Há quem realmente procure por ela, e até tente nesse mundo novo cheio de sistematização aplicá-la a sua vivência. É através da sabedoria que podemos encontrar a fórmula da felicidade, uma vez que, esta reúne inúmeros sentimentos, atos e contentamento com o Eu, a realização profunda consigo mesmo e a partir de então tornando qualquer ser que esteja ao seu redor contagiado deste sentimento tão nobre e cobiçado.

Em textos antropológicos, ciência que estuda esse ser tão complexo, magnífico, intenso e o único ser vivente pensante, o Homem, pode se comprovar a intensa e incessante busca de compreender as interrogações da humanidade, que é a grande problemática de saber o que somos e o lugar que o homem ocupa na natureza e das suas relações com o universo das coisas.

Desde os primórdios a humanidade tenta conviver as relações intersubjetivas, expressando seus sentimentos, culturas, sua política e também ao longo do tempo foi desenvolvendo sua habilidade para a ciência, arte e enfim a tecnologia, mundo este, que hoje já ocupa um campo quase que total na vida do homem.

Passamos por diversos processos de modificações até impor nossa vontade e ideais, atravessamos guerras, conflitos mundiais, com surgimento da grande Revolução Francesa lutamos por direitos e para que eles fossem respeitados, modificando várias formas de pensar, buscando igualdade, fraternidade e liberdade, ela não objetivava apenas mudar a forma de governo, mas abolir a forma antiga da sociedade.

Com todas estas conquistas e evolução como definir essa sociedade atual? A humanidade realizou grandes conquistas no plano científico e tecnológico. O padrão de hoje é uniformizar a forma pensante das pessoas, como poderia ser isso? É simples basta olhar, parar um instante e refletir no que se tornou o homem. Hoje o que importa no nosso meio é a intensa busca pela independência financeira, alcançar padrões elevados de vida, ter acesso ao que é divulgado, ser conhecido e famoso, possuir uma estética que se enquadre no que a mídia vende, enfim pouco a pouco o mundo artificial do deslumbramento ganhou tanto espaço que fica difícil saber separar quem vive o real de verdade, porque na verdade o real se perdeu.

As pessoas se tornaram tão individualistas, visando apenas seus interesses que o caos social impregnou mentes, corações e princípios arrastando a humanidade para umamediocridade. Exagero? Não é real.

Lutamos por igualdade, liberdade e fraternidade, será que cada um de nós estamos aplicando ao nosso dia a dia esses direitos tão cobiçados que para obtê-los custou a vida de muitos, ou será que tudo foi apenas mero acontecimentos históricos?

Aquele que entende o sujeito desde uma perspectiva histórica considerando a permanente integração entre o indivíduo e o social tem a certeza que em algum momento se perdeu algo que é objetivo principal de nossa existência. Se o amor pelo próximo, a humildade, o perdão, a solidariedade e a confiança, princípios ensinado pelo nosso Mestre Maior, Jesus Cristo, o maior dos sábios que já se ouviu falar na história humana, foram perdendo valor como se fosse um papel. O que podemos esperar dessa sociedade que visa o capitalismo como sistema único, o neoliberalismo que escraviza o homem a uma globalização, padronizando seu modo de pensar e viver, onde o Ter é o que lhe faz sentir pleno e realizado, podemos dizer que, estamos sim na pós-modernidade, onde os valores e costumes não têm vez, mas as vontades sem medidas de governos absolutamente egoístas que fazem de seus seguidores leigos e alienados ao conhecimento de seus direitos.

É hora de parar, refletir e começar a discernir o que nos leva a excelência ou o que nos acorrenta à ignorância. Para começar que possamos fazer nossa parte como cidadãos e homens inteligentes que utiliza a sabedoria na sua forma de vida. Continuar com os mesmos modos é contribuir para ruína total do Ser.

Pessoas que não respeitam as leis, que em tudo quer se dar bem à custa da derrota alheia, que tenta enriquecer ilicitamente, comprar produtos piratas, troca o voto por qualquer outro objeto ou em virtude de vantagens de um emprego ou vantagens tendenciosas, praticam atos reprováveis contra a natureza, enfim tudo isso e muitas outras ações realizadas por nós, e que ainda reclama de políticos que cresceram se desenvolveu saindo dessa massa. É preciso mudar, mas o primeiro passo é mudar si próprio e buscar viver dignamente, tentando ao máximo respeitar o próximo e assim viver em harmonia social, desempenhando seu papel na sociedade ajudando a construir novos conceitos de vida. Ao realizar essa proeza estará se aplicando a Justiça social.

Sabendo-se que a finalidade da Justiça é assegurar a igualdade pessoal dos homens, dando a cada um, o que lhe é devido, através dessa fundamentação o que nos resta é entender qual Justiça buscamos hoje?

Ser uma eterna amante do saber e entender que a cada descoberta há ainda muito que saber, aprendendo a viver o Ser com todas suas modificações, valores e ideologias e aceitar e respeitar que cada um tem sua individualidade, pois todos somos criaturas advindas de um Ser superior que rege e domina a lei da natureza com a finalidade de justiça Universal perfeita.

Aprender a viver o Ser e fazer com que todos reflitam sobre essa questão, o ter é uma conseqüência, e que essa seja adquirida com dignidade, ética, caráter e alcançada em função de um mundo melhor e mais justo para todos.

Um comentário:

  1. Parabéns senhorita Ana Alice,

    Também sou adepto dos direitos humanos. Sonho com um mundo melhor, mais igual e mais justo para todos, com a valorização da dignidade da pessoa humana !!!

    Carlos Henrique,
    II Período
    Turma B

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