...Adoraria poder tirar "esse lençol" e revelar de quem é o talento tímido... |
Não bastasse "a pobre" ter sofrido nas provas, tanto que gerou um cordel que fez grande sucesso entre os professores e alunos, agora, completamente envolvida (ou estressada) com a confusão que os autores fazem ao classificar as fontes do Direito, nossa jurista-poetisa secreta decidiu estudar o assunto em forma de versos...e arrasou...que venham outros...See u, Katia Farias
Homem, preste atenção!
Pense bem, veja direito:
Já houve uma intimação
Que por bem foi refutada.
[o nomeda advogada,
Nela de antemão,
Na peça não vi citada!]
Agora você me diz,
Numa frase até feliz,
Que a sala vai invadir
E me fez desafiada.
Veja bem!
Não estou amedrontada!
Se sobre o duelo é mudo
as normas deste país,
Faço o que a Katia disse,
[e deixou claro o estudo]
Na minha aula passada:
Se na fonte do direito,
na Lei que é prima, primária,
O fato não está descrito,
O advogado contrito
Busque as fontes secundárias.
Se não está firme na lei,
Que se busque a analogia.
Que é numa lei parecida
Acertar a pontaria.
Se essa ainda não baste,
Seguindo o grande Reale:
Vá de jurisprudência.
Que é de alguns juízos
Você seguir a tendência.
E se, ainda indeciso
Achar insuficiente,
procure você então
algo do tipo abrangente:
dos costumes desta gente
vivendo nesta nação,
da prática e da conduta
verifique a intenção
no tempo reiterada.
E se você já aflita,
com a coisa complicada:
Pesquise relações jurídicas
Em outrora contratadas.
E se porventura na lei
estiverem tuteladas,
enfim, você encontrou
a linha tão desejada.
E, se ainda mesmo assim
[Não falo isto por mim!]
A meta não foi alcançada
A Lei de outros Estados
Poderá ser consultada.
É o direito comparado,
Que é pegar emprestado
As leis lá aplicadas.
Então, mesmo se o duelo for chic,
como os de nossa lembrança
Mesmo assim “tão” proibidos.
Foi o que deixou redigido
O Richelieu lá da França,
Que disse:
“Estão impedidos!
Estas são práticas feudais,
Não quero vê-las jamais!
Pertence somente ao Estado
Coagir, punir...
ninguém mais!”
Mas se o duelo for belo,
Que nem os daqui do nordeste,
desta gente tão decente
da terra dos avelós
Onde os bom cabra-da-peste
[da qual somos filhos, nós]
Se encontram pra rimar,
E em versos decantar
Da vida contras e prós
Cabe a mim avisar:
Não sou uma repentista.
É você o “apriorista”!
Sou só metida a artista,
Não quero nenhum troféu!
Enfim, não quero duelo...
Prefiro o embate mais belo
De verso, de rima e papel.
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